Conheça algumas dicas para inserir o altruísmo no crescimento e desenvolvimento das crianças
O altruísmo, disposição para se doar e ajudar os outros, é uma virtude necessária para o ser humano. Ética, honestidade, respeito, empatia, generosidade e senso de justiça são valores que o permeiam. Alguns estudos alegam que o altruísmo está em nosso DNA, dessa forma, seria possível trabalhá-lo desde criança. Uma educação amorosa, exemplar e com muito diálogo é um pilar imprescindível para a criação de jovens altruístas. Veja, a seguir, formas de incentivar e desenvolver essa qualidade desde a infância.
Desenvolvendo o altruísmo a partir da empatia
Na infância, o altruísmo está basicamente ligado ao sentimento de empatia. As crianças altruístas conseguem ter plena consciência de seu papel, sua importância e conseguem se colocar no lugar do outro. Esse processo empático ocorre por meio da ativação de sentimentos de autocuidado, valorização e respeito com as relações pessoais, que vão se desenvolvendo ao longo de sua trajetória rumo à maturidade pessoal.
É importante lembrar que o altruísmo não é uma característica inata ao ser humano. Ele precisa ser aprendido, visualizado e praticado. No entanto, desde bem cedo, o altruísmo pode ser desenvolvido e aperfeiçoado, já que é um conjunto de disposições individuais e coletivas e que fazem com que os seres humanos se dediquem uns aos outros.
Seja um exemplo altruísta para o seu filho
Muitas vezes, a criação de filhos representa uma revisão de valores para que os pais ofereçam o melhor aos pequenos. As crianças se inspiram no comportamento dos responsáveis, que são sua principal referência. Mostrar atitudes de generosidade, gratidão, humildade, honestidade e empatia é a melhor forma de ensiná-las.
Se os pais são exemplos para os filhos, a melhor forma de desenvolver novas práticas é através dessas atitudes. Eles os têm como referência de vida. Portanto, cada detalhe, cada palavra e cada comportamento deve ser pensado para que se consiga atingir o objetivo do estímulo de atitudes que provoquem o bem-estar e a empatia.
Reforce e parabenize atitudes altruístas
Elogiar e reconhecer que seu filho teve uma atitude altruísta incentiva a repetição do comportamento. Aproveite esses momentos para lembrar a importância de agirmos com ética, respeito e empatia, até mesmo em situações que desafiam o oposto. Outra dica importante é criar oportunidades para a prática do altruísmo. A gratidão e a boa educação fazem parte dele. Ensinar a criança a reconhecer as pequenas coisas da vida e agradecer às pessoas ao seu redor é um exercício para essa virtude.
Trate seu filho da maneira que ele deve tratar os outros
Passar tempo de qualidade com seu filho, tratá-lo com respeito e amor, ouvi-lo e trocar ideias são atos que o fazem se sentir amado. Este é o maior exemplo que o fará tratar os outros da mesma forma que é tratado dentro de seu lar. No entanto, é importante diferenciar uma educação amorosa de uma permissiva, sem limites. A primeira sabe repreender quando necessário e o ensina a reconhecer seus erros.
Faça-o, também, enxergar todos com compaixão. Mostrar respeito pelas pessoas, independentemente de sua história, origem e condições de vida, é uma lição valiosa de altruísmo que as crianças precisam aprender. Por isso, conversar com seu filho sobre as dificuldades do mundo é fundamental para fortalecer seus valores e reconhecer seus privilégios.
Ensine pequenas atitudes altruístas e incentive novos valores pessoais
Ensine a criança a olhar para fora de seu próprio universo, facilitando, assim, o olhar para o outro. Alguns exemplos: trabalhe a ideia de que ao ganhar um novo brinquedo ou uma nova roupa, os antigos que não servem mais devem ser doados para quem não tem. Desenvolva a prática da doação constante. Outra atitude importante é incentivar a criança a ser mais colaborativa e participativa em casa, ou seja, determine uma tarefa que passe a ser de sua responsabilidade. Dessa forma, ela estará desenvolvendo o senso de comprometimento, o altruísmo e também a autonomia.
Oriente a generosidade para refinar as posturas e incutir valores nobres na criança. Mas, atenção: esses valores não devem ser impostos para que não se tornem uma obrigação ao pequeno. Como o altruísmo é aprendido e desenvolvido ao longo da vida, as atitudes nobres e os valores que compõem as boas práticas devem ser exemplificados, orientados e ensinados como em um trabalho de “formiguinha”, ou seja, dia a dia, para que passem a ser atitudes naturais e comuns da criança. Além do mais, que não sejam feitas por imposição, para que não gere uma associação a sentimentos ruins e desagradáveis.